domingo, 1 de agosto de 2010

Mãe

Essa semana eu vi esta postagem em um blog que eue visito faz algum tempo http://calaboca.wordpress.com/, o texto é sobre a morte da mãe da menina. Texto carregado de emoções, bem feito, onde ela escreveu tudo que lembrou para deixar marcado e como ela disse "não esquecer nenhum detalhe da mãe". E eu fico pensando: Pq que eu sempre fui exceção em tudo?
Tudo comigo é diferente. Minha mãe é uma monstra que arruinou a minha vida, minha auto estima, meus sonhos, meus planos, meu futuro. Ela sempre foi uma pessoa horrível comigo, sua filha única. E eu não estou me fazendo de vítima, pois, quem conhece ela, quem me conhece, sabe que é verdade tudo o que eu vou escrever aqui. Ela nunca foi em uma reunião de escola, nunca brincou comigo, meu avô (pai dela), contava que ela estava me amamentando, que de alguma forma eu machuquei o seio dela e ela me bateu, com 3 meses de vida, ele bateu nela por causa disso. Eu fui abusada sexualmente na escola, aos 8 anos por um funcionário da escola, porque ela esqueceu de me buscar na escola, eu saia ao meio-dia, eram quatro horas da tarde e ela não tinha aparecido, quando tudo aconteceu. Nessa mesma época ela furou as minhas orelhas com as unhas dela, o lóbulo abriu de um lado para o outro, isso provocou uma infecção horrorosa, minha avó que cuidou de mim. O médico desconfiou do que era, só que me proibiram de falar o que aconteceu e minha avó tb não disse nada. O tempo passou e as agressões físicas e morais continuaram. Ela me agredia física e moralmente na frente de amigos, parentes. Todo o tipo de humilhação moral que um ser humano pode passar ela fez eu passar, na frente de pessoas que eu conhecia, a vergonha era tanta que eu me afastei de muitas. Com 11 anos ela quebrou meu braço com uma vassourada. Fiquei duas semanas sem ir a 8ª série pq como ela nunca foi em uma reunião da escola, foi o meio pelo qual o diretor arrumou de levá-la lá, ele queria explicar que eu era triste, arredia, saber o que acontecia comigo. A resposta para ele foi frescura, a minha foi uma ameça que se ela tivesse que voltar na escola por causa de frescura minha, eu iria me arrepender da hora de ter nascido. E assim foi, até os meus 13 anos. Isso pq dos 8 aos 13 anos eu morava com meus avós no interior de São Paulo e só via meus pais a cada 15 dias. Assim que completei 13 anos, voltei a morar com meus pais em São Paulo. O inferno ficou muito maior. Ela me persseguia, ia nas aulas, nos cursos, fiscalizando tudo que eu fazia, com quem eu estava. Nunca elogiou nada em mim, se estava magra, estava horrível pq estava magra, se engordava, estava horrível pq estava gorda. Nunca recebi um parabéns por alguma nota alta, por ter passado de ano, o máximo que recebia era "não fez mais que sua obrigação". Comecei a fazer apresentações de dança, desfiles, e onde eu olhava lá estava ela pra falar que outra pessoa fez melhor, q aquilo era "coisa de puta". Arrumei amigos maravilhosos nessa época e estávamos sempre juntos, ela me fez passar inúmeras humilhações na frente deles, de me buscar na pracinha perto de casa e me jogar no carro a arremeçar calçados, objetos de decoração da casa em mim, na frente deles. Eu não podia ter namorado, pra sair a noite com os amigos era um inferno, nenhum amigo prestava, os meninos eram drogados, as meninas eram putas. Todos meus amigos que a conheceram, a odiavam. Alguns me defendiam, outros se distanciavam pra não me arrumar confusão. E o tempo passou e chegou a época de vestibular, eu tinha me inscrito em medicina, até passei na primeira fase, só que um dia ela chegou em casa, havia feito a inscrição e escolhido o curso que eu iria fazer. Nem preciso dizer que não queria fazer esse curso de jeito nenhum, só que não tive outra opição. Fui fazer aquilo lá mesmo. No fim do primeiro ano da faculdade, meu pai foi dormir na chácara e eu fiquei em casa com ela. Os dois tiveram uma briga e ela veio descontar a raiva em mim, ela só não me machucou mais pq a vizinha ouviu o que estava acontecendo e entrou no meio, o resultado dessa bagunça foi: aos 18 anos eu ganhei uma úlcera hemorrágica, 30 dias de repouso absoluto, se me mexia, saía sangue pra todo lado. A falta de respeito dela foi tão grande comigo q um ex namorado chegou a agredi-la pq ela veio pra cima de mim, na frente dele e da mãe, do nada. Ela usa de tortura psicológica, que eu nunca vou ser ninguém, que eu não presto, que não gosto de trabalhar, que sou vagabunda, que vou virar puta para me sustentar. Isso é diariamente, até hoje. Com 21 anos ela jogou uma almofada na minha frente enquanto eu carregava a cachorra dela recém operada, caí, bati o joelho, tenho desgaste ósseo, perdi a cartilagem, muita dor e o pior de tudo, nunca mais vou dançar por culpa dela. Não vou ser cretina e dizer que ela não faz nada por mim. Faz sim, o básico ela nunca me deixou faltar, roupas, comida, remédios, alguns presentes. Só que ela nunca foi mãe, aquela que dá carinho, conversa, dá conselho. Ela manda e vc precisa obedecer, tem que seguir o caminho trilhado por ela, se sair dalí um pouquinho, o inferno começa. Ela nunca perguntou se eu gostei de alguém, nem sabe da minha vida sentimental. O único conselho que ela me deu em relação a sexo foi: "Se vc aparecer grávida em casa eu coloco vc e a criança na rua". E o pior é q eu sei q ela é capaz de fazer isso. Hoje foi mais um dia desses, levei nome de desgraçada, que ela tem pena de mim e que quer estar viva para ver eu me ferrar o máximo possível. Que eu sou um ser humano infeliz, digno de pena, que nunca vou ter ninguém comigo, pq eu não mereço. Q as pessoas que aparecerem na minha vida vão só me usar e jogar fora pq é isso que eu mereço e ainda tocou no meu ponto mais fraco, a Marília.
O que mais dói nisso tudo é que meu pai, minha tia, meus avós, todos eles sabem disso, todos eles viram e ninguém fez nada. Porra, eu só era uma criança. E se de criança eu não tive uma ajuda se quer, agora, adulta é que não vou ter nada mesmo. Nunca ninguém se importou. Hoje eu fui reclamar com meu pai, contar o que aconteceu, ele respondeu que já sabe disso tudo, que eu não preciso ficar repetindo. É essa ajuda que eu tenho. Eu não sei o que fiz para merecer isso tudo. Eu não sou tão ruim, eu faço de tudo para ajudar todo mundo, eu me anulo pelos outros e principalmente por ela e em troca eu não tenho nem o respeito nem o carinho que ela oferece aos nossos cachorros.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sagrado e Maldito



Desde pequena eu fui apaixonada por artes. Músicas, danças, filmes, peças de teatros, livros, sempre foram minha paixão. Muito pequena eu descobri o que seria minha paixão eterna: a DANÇA. Comecei aos 06 anos e soube que era aquilo que eu queria fazer para o resto da vida. Fiz ballet, jazz, street dance, dança de salão, dança teatro e, graças a dança teatro, fiz canto também. Trabalhei para uma grande coreógrafa, Fernanda Chamma, na academia Bio Ritmo. Fiz apresentações em teatros, em shoppings, dei aulas. Músicas, danças, fantasias, coreografias, sapatilhas, maquiagens, tudo isso foi uma doce realidade por 12 anos e era isso que eu queria para o meu futuro, era isso minha vida. Problemas alimentares me afastaram por um tempo da dança, só que era passageiro, era rapidinho. Um acidente, um joelho direito estragado, me afastou para sempre dessa vida. A vida que eu queria para mim.

Fiquei sem chão, fiquei desorientada, porque eu só sabia que queria dançar, faria faculdade de dança e era isso. Eu não tinha mais a opção do curso que queria, não tinha mais o palco, não tinha mais nada. Passei por administração, veterinária e agora, direito. De coração, nada que eu queria.
Fui cuidar da vida, fazer faculdade, arrumei namorado, fiz inglês, fiz espanhol, virei protetora de animais e arrumei um punhado de cachorros, isso me fazia bem, alegrava o coração, só que aquela felicidade total, que completa e aquece, eu não sentia mais, sempre aquele vazio no coração, falta alguma coisa, falta alguma coisa, faço isso, faço aquilo, ainda falta alguma coisa.
O palco é sagrado e maldito.
Sagrado porque é belo, é lindo, é atraente. Quando você descobre essa magia, não quer outra coisa para vida. A beleza das fantasias, a magia das luzes, o cheiro da madeira do palco, das cortinas. As luzes dos camarins, a ansiedade e a felicidade de estar alí, na coxia, esperando aquele momento mágico de estar em contato com o público. Seu instrumento de trabalho é o corpo, a voz, os movimentos, tudo muito bem ensaiado, muito preparado, para em poucas horas, passar magia e alegria para quem assiste e aí, vem a recompensa, o melhor pagamento de todo o mundo, o reconhecimento do público, o sorriso de quem assistiu e os aplausos. Não existe nada melhor do que isso.
Maldito porque quando isso é tirado de você, sua felicidade vai embora. Quem passou por isso, sabe do que estou falando.

Esse vazio foi apertando e doendo e até que não aguentei mais e resolvi achar um meio termo, já que dançar eu não posso por causa do joelho. Voltei a fazer teatro, havia começado e largado e agora resolvi voltar. Foi o melhor presente que me dei esse ano. Conheci pessoas maravilhosas, as professoras são ótimas e eu voltei para o palco de madeira, as cortinas longas de cetim e veludo, a magia do espelho e do corpo. E a alegria, a felecidade está voltando, saiu de lá feliz, alegre e contente. Não é a mesma coisa, a dança me completava, só que teatro é mágico, é lindo e é gostoso. Vou continuar, vou procurar a felicidade que eu perdi. Voltar para o sagrado e maldito, porque é isso que eu sei fazer é isso que eu gosto de fazer.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Marcelo




Desculpa.

domingo, 16 de maio de 2010

De Luto


Ele era o baixinho mais querido da minha vida, ele era foda. Tinha um voz grandiosa, linda, poderosa. Ele era fofo. Foi ele quem criou o chifrinho. Foi a voz dele que deu vida ao Rainbow. Ele salvou o Black Sabbath do fim. O Dio era o cara. Como eu amava aquele baixinho. Baixinho com um espírito enorme e com a voz maior ainda. E com sua morte, lá se vai mais um monstro do metal,o rock ( o rock de verdade, não essa merda que fazem hoje em dia) perdeu no dia de hoje um dos seus Deuses. Ele vai fazer falta, muita falta. Ele era bom, ele era incrível. Vai para o céu, meu anjo. Vai alegrar os anjos com essa voz incrível que Deus lhe deu, vai descansar seu corpo, agora você está livre dessa doença maldita. Você não perdeu a luta, só vai fazer shows para um público diferente. Obrigada pelo seu legado, obrigada por ter feito a alegria de tantas pessoas, obrigada por ter compartilhado essa voz tão linda com nós, seus fãs. Dio, agora você é uma estrela no céu também.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Passada

Tem muitas coisas nesse mundo que me deixam passada, irritada, puta da vida, descrente desse mundo. Aí vai uma lista do que me deixa louca da vida:
- Gente que diz que gosta de cachorro só que não tem porque dá trabalho. (Essa é péssima, não tem cachorro porque dá trabalho, ok. E coloca um monte de crianças no mundo, preciso dizer quem dá mais trabalho? Cachorro não precisa de faculdade, não aparece grávida do namorado irresponsável que não tem emprego e também não usam droga).

- Os candidatos a presidente do Brasil. Do Serra e da Dilma nem preciso comentar, agora a Marina Silva merece dois comentários, em uma entrevista para o SBT ela disse que a Amazônia produz 20 bilhões de TONELADAS DE ÁGUA POR MÊS (comentários???) e o vice dela é ninguém mais ninguém menos que o presidente da Natura, a mulher que prega tanto sobre natureza, sobre métodos sustentáveis, que foi eleita pela ONU como uma das personalidades que podem salvar o mundo coloca o filho da puta do presidente da Natura como vice, logo a merda da Natura que faz teste em animais, que mata mais de 400 mil animais por ano para "acabar" com rugas na cara da velharada. Uma pessoa que fala de sustentabilidade do meio ambiente não sabe que no meio do meio ambiente tem animais tb??? Ridículo, isso me dá nos nervos. E o voto? nulo, não dá pra escolher ninguém nessa corja.

- A indefirença das pessoas. Eu odeio o bairro onde eu estudo, eu ODEIO a São Joaquim e a Liberdade. Por que? Porque as pessoas que estão por lá são indiferentes, elas veem o sofrimento alheio (dos moradores de rua, que são muitos naquela região) e simplesmente passam por cima, ignoram. Aquelas pessoas que estão lá também sentem frio, fome, tem doenças, passam por todo o tipo de privação. O que custa doar uma roupa, um alimento, o que custa dar um pouquinho do seu para fazer bem a alguém? Não custa nada e faz tão bem ao coração e a alma. Eu não sei como uma pessoa consegue ver alguém sofrer e depois deitar e dormir em paz como o bom cristão que vai a igreja e segue o que Cristo ensinou... segue sim, hipócrita esse mundo e esse cristo que essas igrejas pregam por aí.

- Agora o que mais me deixa puta nesse mundo e ver pessoas boas (boas de verdade) que tentam fazer da merda desse mundo um lugar um pouquinho melhor para elas e para os outros, sofrer. Isso me deixa muito puta. Deus deveria ser justo e ver que aquela pessoa é um pouquinho menos ruim que as outras e não permitir que ela sofresse. Pessoas boas não poderiam passar por tantas provações, pessoas boas deveriam ser um pouco recompenssadas pelo o bem que fazem. Isso é o que há de mais injusto no mundo, pessoas boas sofrem, se arrebentam nessa vida, enquanto quem é do mau, consegue tudo mais fácil, não passa por tanta merda.

Eita mundo das contradições mais contraditórias do universo. Isso aqui mais parece o Do Contra do Maurício de Souza.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Delegacia de Proteção Animal


(na imagem, minha dogue alemão, Angra)

Fiquei muito feliz em saber da criação da primeira delegacia de proteção aos animais do estado de São Paulo, é na cidade de Campinas, aqui pertinho.
A unidade policial funcionará no 4º Distrito Policial (Taquaral) e a titular será a Dra. Rosana Mortari, uma conhecida batalhadora da causa animal.

Acho isso um máximo, uma grande vitória para todos nós que amamos e protegemos os animais.

Pessoal, aproveito o espaço para pedir um favor muito especial a cada um de vcs. Campinas que é uma cidade grande, aqui pertinho de São Paulo já conta com uma delegacia de proteção aos animais, tá passando da hora de São Paulo ter uma, né? Tantas atrocidades acontecem aqui contra nossos animais, está na hora de mudarmos essa realidade. Cinco minutos do seu tempo pode fazer com que isso mude, vamos lotar as caixas de e-mails e telefones dos gabinetes de deputados estaduais e vereadores com pedidos para que uma delegacia de proteção animal também seja feita aqui em São Paulo. Deputado Estadual: Feliciano Filho é nosso amigo, esse é o e-mail dele felicianofilho@al.sp.gov.br, os telefones: 3886-6534/6567 Vereadores: vereadorpenna@camara.sp.gov.br tel: 3396-4286 maragabrilli@camara.sp.gov.br tel: 3396-4406.
E por último, nossa prefeitura, anotem o protocolo e acompanhem o pedido; http://www.prefeitura.sp.gov.br/portal/portal/contato/index.php?contato=1

É por uma boa causa. Obrigada.

terça-feira, 23 de março de 2010

Sem título

Eu queria que soubesse
que partir deste momento
eu vou estar ao seu lado
participar de sua vida.
E que estarei lá,
em todos os momentos.
Pra chorar as derrotas,
e aplaudir as vitórias.
Seguirei os seus passos
e irei onde você for.
Farei o impossível para te fazer feliz,
farei de tudo para que se sinta bem.

Eu prometo.
Eu prometo te amar
cada dia mais e mais.
Não sou perfeita.
Só que estarei lá.
Estarei lá,
quando você precisar,
para o que precisar.
Quero acordar ao seu lado,
ser a primeira a te dar bom dia.
Ver seus olhos se abrirem,
para mais um dia que se inicia.
Quero que saiba que terá toda minha atenção,
meus olhos e minha vida se voltarão para ti.
Quero dividir sonhos,
quero viver uma linda realidade com você.
Prometo te amar para sempre.

Cuidarei de você e serei sua amiga,
confidente, companheira, amante.
Prometo lhe trazer flores,
para enfeitar seu jardim.
Prometo lhe trazer o sol,
se necessário for,
para iluminar seus dias.
Quero ser a brisa leve
que toca seu rosto de manhã.
Quero estar lá para te ver sonhar,
e torcer para fazer parte de cada um deles.
Prometo lhe ser fiel enquanto tudo durar.
Prometo fazer sua vida melhor,
prometo te dar alegrias.
Quero ver o tempo passar do seu lado.
Quero te aquecer no inverno.
Serei sua companhia,
por todos os momentos,
em todos os caminhos.
Quero ver cada sorriso.
Se necessário for,
enxugarei suas lágrimas.

Eu quero ser sua,
eu quero você na minha vida,
na minha casa, no meu futuro.
Eu preciso dizer que te amo.
Preciso que saiba,
que mais nada sem você,
tem graça.
Eu vou te amar sempre,
em cada momento,
em todos os instantes.
E se um dia você se for,
quero que saiba,
você foi tudo, foi único.
Marcou minha vida e meu coração.
Tatuagem feita a fogo, não sai mais.

Sábata.






segunda-feira, 22 de março de 2010

Romance


O SEU AMOR É UMA MENTIRA
QUE A MINHA VAIDADE QUER

quarta-feira, 17 de março de 2010

Falando Sério

Eu estudo na Liberdade, na mesma quadra do metrô São Joaquim. Alí não só tem a FMU, como também tem bancos, a Escola Paulista de Direito, a Fecap, a Casa de Portugual. É por alí que muitos japoneses se infurnam, é até um lugar bonito, com muitas lojas, mercados, galerias, escolas, igrejas. Só que todos os dias que eu chego lá, meu coração dói. A quantidade de indigentes que moram alí é uma coisa absurda. É muito triste ver que em baixo daqueles cobertores tem uma pessoa, são seres humanos também, tem fome, tem frio, tem dor. São crianças, adultos, idosos, todos deitados na frente de alguma loja, com as mãos esticadas pedindo alguma moeda. Eu dei uma olhada no google e existe uma estimativa de que existam 12 mil moradores de rua só em São Paulo, e isso é apenas uma estimativa. Falei das lojas, galerias, faculdades, alí é um bairro onde corre muito dinheiro, os donos desses estabelecimentos comerciais não poderiam se juntar e fundar algo que cuidasse dessas pessoas que estão nessa condição de miséria? Já que eles dizem que "essas pessoas" assustam clientes, deixam a faixada de seus comércios feia, não poderiam se juntar e tentar dar uma vida mais digna para cada um que está alí? Montar uma ong onde possam ensinar a eles algum ofício, dar moradia, uma alimentação decente, acompanhamento psicológico, acompanhamento médico, procurar suas famílias. Tem tanto comércio lá, que se cada um contribuísse com a quantia de 200 reais mensais, duvido que não mudariam o destino dessas pessoas. Os idosos mereciam um fim de vida digno e os adultos e as crianças, teriam uma oportunidade de fazer algo de bom nas suas vidas, até por uma questão de segurança, se eles não conseguem o sustento de uma forma digna, vão arrumá-lo de outra forma e vocês sabem que forma é essa. Se você tem a condição de fazer a diferença na vida de alguém, faça. É tão bonito contribuir para algo bom na vida de alguém, o sentimento de ajudar é muito bom, ouvir um "obrigado" verdadeiro faz bem a alma. Duas semanas atrás, eu não tinha almoçado, tinha tido um dia horrível no trabalho, cheguei mais cedo na faculdade e resolvi passar no habibi's pra comer alguma coisa. Estava tão lotado que demorou pra eu arrumar um lugarzinho pra sentar, eu fiz meu pedido, enquanto aguardava, entrou um homem, ele estava com um cobertor nas costas, descalço, estava molhado (estava chovendo naquele dia), foi em seis mesas com um copinho descartável pedindo um pouco de suco, ninguém deu. Muitos nem olhavam no rosto dele. Quando ele ia indo embora, o meu pedido chegou, ele chegou perto da minha mesa, disse para eu não me assustar, ele não queria dinheiro, só queria um pouquinho de suco. Dei meu copo para ele, batata frita e algumas esfihas, ele me agradeceu e foi embora, sentar na chuva, na frente do habibi's pra comer. Eu fiz isso de coração, sem esperar nada em troca, um monte de gente que estava próximo a mim virou a cara para o que eu fiz. Eu sei que esse pequeno gesto não vai mudar o mundo e nem fazer a vida daquele homem mudar, só que eu sei que naquele dia, eu fiz a diferença para ele. Eu fiz algo bom que quem sabe possa até dar esperanças para aquele homem. Se todo mundo fizesse um pouquinho. Se todo mundo desse a mão pra ajudar o seu semelhante, esse mundo seria um lugar muito melhor. Só que infelizmente não é isso que eu vejo por aí, as pessoas estão se tornando indiferentes, frias. Eu estou escrevendo isso, porque, hoje, ao voltar da faculdade, eu passei por uma lanchonete que estava lotado de pessoas felizes, conversando, brincando, todos com copos nas mãos, lanches, salgadinhos e tinha um menino na porta, pedindo pra cada um que entrava lá 2 reais porque estava com fome, tinha um dia que ele não comia nada, aquele monte de universitários, tenho certeza que todos alí (que estão estudando para ser o futuro da nação) tinham essa pequena quantia disponível, muitos ignoravam por completo a presença do menino, fingindo que não ouviam o pedido dele, outros, simplesmente, diziam que não tinham tal quantia. A situação desse menino é triste, só que mais triste ainda, é ver aqueles que poderiam ajudar, poderiam fazer a diferença, que estão estudando para fazer o futuro de nosso país, não se abalarem com uma cena dessas, não se importarem, mais triste que a fome, a miséria é a falta de carinho a falta de ver o sofrimento alheio e passar batido por aquilo e não fazer nada. Que tipo de pessoa estuda pra ser alguém e construir algo, chegar em algum cargo importante e ser indiferente assim? Eu tenho medo dessa geração, mesmo fazendo parte deles, eu posso dizer EU SOU DIFERENTE, graças à Deus, eu me compadeço do sofrimento alheio, eu tenho a intenção de fazer algo para mudar essa realidade e já faço algumas coisas para ajudar. Se todas as pessoas fizessem algo de bom, uma coisinha que fosse, nosso mundo teria jeito. Lembre-se: um simples sorriso que você dá para alguém pode valer o dia de quem o recebeu.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Oi


E o esmalte lilac polish da eyeko combina com o meu fichário... Muito fofa essa cor, sou apaixonada por esse lilás.

Essa semana terá muitas novidades e se Deus quiser, todas serão muito boas. Amanhã já vem a primeira, creio eu que a melhor para mim, e estou torcendo muito para que a outra venha até sexta-feira, ele merece e precisa. A faculdade tá bem puxada, só que está gostosa, está bem legal. E a vida está indo, espero que comece a dar tudo certo agora. Que as coisas entrem nos eixos. Essa semana faz um ano que o pior episódeo da minha vida aconteceu e também minha gata faz aniversário, Déééééé, parabéns pelos 25 aninhos!!!!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Privacidade.

Tirei algumas coisas que tinha colocado aqui pq fui informada que estava invadindo a privacidade alheia. As coisas mais bonitas que eu publiquei agora só estão na minha lembrança, melhor assim, não tem briga.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Aniversário de São Paulo.


456 anos dessa cidade querida!!! Amo São Paulo de todo o meu coração. Com certeza aqui a vida é muito mais bonita. Agora vamos ao que interessa: Parque da Independência, às 18:00 hs, Flávio Venturini subiu no palco. Estava chovendo (aquela garoinha forte e gelada) e tinha muita (mais muita gente mesmo lá), e ele fez um show incrível. Cantou músicas de sua carreira solo, da época em que era do 14 Bis e algumas do pessoal do Clube da Esquina. Está lindo. Gordinho, todo feliz e até arriscou uma dancinha. Eu sou suspeita de falar deles já que sou apaixonada pela família Venturini. Os dois cantam demais e as letras que fazem, são incríveis. Algumas músicas merecem destaque:

Onde só tem o breu
Vem me trazer o sol
Vem me trazer amor
Pode abrir as janelas
Noites com o sol e neblina
Deixa rolar nas retinas
Deixa entrar o sol...

Vem que eu estou tão só
Vamos fazer amor
Vem me trazer o sol
Vem me livrar do abandono
Meu coração não tem dono
Vem me aquecer nesse outono
Deixa o sol entrar...

Noites com Sol

Sim, princesa sou quem vem pedir
me faz arder em brasa Vem e me acende
Me chama, me chama som do seu querer
Estrela cintilante, vem me valer...

Princesa

Nuvens claras
Que passaram e que não passarão
Tudo que faz o amor valer
faço virar canção
Se você nem quiser me ver
Faço você cantar...

Nuvens

Por tantas vezes
Eu andei mentindo
Só por não poder
Te ver chorando
Te amo espanhola...

Espanhola

Às 20:30 o Milton Nascimento subiu ao palco. Com aquele vozeirão maravilhoso, fez com que a noite valesse mais ainda a pena. Cantou Coração de Estudante, Caçador de Mim, Canção da América, Bola de Meia, Bola de Gude, Maria Maria, chamou ao palco um dos seus afilhados pra tocar cavaquinho e cantar uma música com ele. Às 21:30 ele chamou ao palco o Lô Borges, quem conhece ou já viu um show do Lô, sabe o quanto ele é alegre, o quanto anima uma platéia, chegou no palco cantando Paisagem da Janela em seguida mandou Trem Azul, depois chamou o Bituca (apelido carinhoso do Milton) para cantar com ele Clube da Esquina II, Resposta e mais algumas que não conheço o nome. Valeu, valeu o tênis (branco) cheio de barro, a calça jeans toda molhada, o nariz entupido, a provável gripe. Valeu quatro horas e quinze minutos em pé de baixo de um guarda-chuva na frente do Museu do Ipiranga.

Da janela lateral
Do quarto de dormir
Vejo uma igreja, um sinal de glória
Vejo um muro branco e um vôo pássaro
Vejo uma grade, um velho sinal
Mensageiro natural
De coisas naturais
Quando eu falava dessas cores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não escutou
Você não quer acreditar
Mas isso é tão normal
Você não quer acreditar...

Paisagem da Janela

domingo, 24 de janeiro de 2010

Contos





- Up é o filme mais lindo e fofo e perfeito que eu já assisti. Estou apaixonada pela Kevin. A história é linda. O jeito com que o Russel devolve a alegria para a vida do Carl e como o Carl começa a gostar e se importar com o Russel é uma coisa linda. Confesso, eu chorei assistindo esse filme.


- O esmalte da Revlon 114 é um rosa lindo só que a duração do infeliz é uma coisa bizarra, no mesmo dia já descascou horrores. Achei que por ser caro, pelo menos duraria na unha.


- Esse merece negrito Flávio Venturini, Lô Borges e Milton Nascimento, amanhã, de grátis, em São Paulo no pátio do Museu do Ipiranga, eu vou, nem que eu derreta de baixo da chuva. Esses caras valem até uma pneumonia.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Nós que não somos iguais aos outros

Lendo o blog da Dé hoje a tarde, vi um post onde ela fala de uma angústia intensa, um desespero na alma, um buraco negro que nada preenche. Eu sinto isso. Sinto e muito, principalmente quando deito, que não tenho mais nada para fazer, para me distrair, os pensamentos vão chegando de mansinho e aquele desespero maldito que dói demais chega e faz aquele estrago. É algo dolorido demais, é uma tristeza profunda que não passa. Já ouvi dizer que Deus preenche esse espaço, quando esse desespero chega, eu oro. Só que infelizmente não passa tudo. Eu acreditava que se encontrasse um amor de verdade, esse espaço seria preenchido. Isso não aconteceu. Eu encontrei o amor, só que ele é uma pessoa meio estranha, meio distante. Não que ele não tenha deixado minha vida melhor, só que passamos por muitos problemas e de verdade, ele tem reações tão estranhas. Quando eu dançava, eu me sentia extremamente feliz. Não me lembro desse desespero no tempo em que eu dançava. Sinto falta demais da música, da dança, das pessoas que conheci lá, do palco, das luzes, das fantasias, dos aplausos. Eu sei que isso me faz uma falta imensa, só que eu não acho que esse seja o motivo desse vazio que sinto. Eu não sou feliz com a vida que eu levo, eu não estou satisfeita com isso, não é nada disso que eu sonhei pra mim. Eu me sinto uma alma com asas presa num corpo que não pode alçar vôo. Essa aqui não é a Sá que eu queria. Essa aqui é uma pessoa estranha, que está levando, passando de um dia para outro. Faz tempo que eu não tenho prazer de verdade. Achei que a faculdade faria com que eu me sentisse melhor, só que aquela dor no estômago continua, aquele friozinho horrível que vem sabe-se lá Deus de onde e começa a doer, a desesperar. Eu me olho no espelho e começo a lembrar daquela menina alegre que tinha tantos sonhos e planos e fico pensando, onde foi que eu a perdi? Sinto falta dela, sinto muita falta dela. Eu que não sou igual as outras pessoas, eu que sou feita de sentimentos, que transbordo eles por aí, sofro demais com essa indiferença que o mundo todo tem. A vida deveria ser muito mais simples e bonita do que toda essa ganância que existe por aí. A vida deveria ser feita de amor, natureza, de boas ações, pq quem não quer abraçar o mundo com as pernas e viver de sucesso e muito dinheiro, sofre demais. Eu não sou e nem quero ser igual a esse povo mesquinho, sem caráter, sem princípios que existe por aí. Eu nasci diferente e só queria ser aceita, só isso. A cobrança é muito grande. A vida é muito mais do que tudo isso.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2.010



Primeiro dia do ano. Chove pra caralho em São Paulo, não que eu me importe com isso, mil vezes chuva do que sol, dias de cara fechada, de cara cinza. A-D-O-R-O. Espero muita coisa desse ano, principalmente de paz (estou precisando muito disso).
O ano aqui em casa começou com música boa (as 500 mais da Kiss: www.kissfm.com.br) e uma comida excelente feita pelo meu pai.
O ano passado foi horrível, o pouco que eu escrevi nesse blog, foi, quase sempre pra reclamar, vou tentar melhorar isso, reclamar menos.
A vida continua e eu vou colocar aqui as coisas que eu gosto, que me fazem bem, me fazem rir, cantar, dançar, coisas que eu amo. E é claro que quando der aquela vontade incontrolável de desabafar, vai aqui mesmo, afinal, ninguém conhece isso aqui (essa é a vantagem de um blog desconhecido, é praticamente um diário secreto).
Pra começar bem esse ano, com beleza e com uma foto maravilhosa, esse é meu filhote lindo e gostoso, o rei da casa. Esse é o Duff. Minha coisa peluda e gostosa, que dorme comigo no inverno e esquenta muito mais que edredon.