Quando a sorte não lhe sorri.

Joguei com a sorte e acabei perdendo.
Alguma vez você já parou para pensar que: quando o que você mais teme acontece, nada mais te assusta? É como já estar preparado para tudo, o pior já aconteceu, o que vier agora, é lucro.
Sempre tive meus medos, minhas incertezas. Só que eu nunca imaginei que o que mais me assustava, o que poderia colocar todo um futuro (o que eu sonhei para mim), bagunçar várias vidas, decepcionar pessoas, pudesse acontecer. Aconteceu. Aconteceu e deixou marcas que sabe Deus quando vão desaparecer (se é que um dia vão). A vida é engraçada, gosta de pregar peças, as vezes, acho que lá no céu, tem um menininho sádico com uma lupa na mão, queimando as formiguinhas aqui na terra (no caso, nós). Acontece na pior hora, no pior momento, aí você tem que tomar uma decisão que pode e vai marcar sua vida para sempre. Tá, já passou, já foi, tudo que deveria ser feito, foi feito. Esquece. Difícil. Praticamente impossível, deixou muitas marcas. Vai se levando, uma crise aqui, outra ali, chora, sofre, se escabela, só que já foi. Agora é juntar os caquinhos, tentar arrumar o q sobrou e ir levando. Superar traumas e perdas virou algo muito comum no meu dia a dia. Venho perdendo muitas coisas ultimamente. O amor próprio, o bom senso, o prazer em viver. O foda de crescer é conviver com decisões, perdas, problemas, responsabilidades. Descobrir que muitos sonhos, são só sonhos. Se eu soubesse que crescer era isso, eu tinha descido em outra estação. Pára que eu vou descer, desse jeito eu não quero mais. Desse jeito, eu não suporto mais. Tudo tem um limite de se suportar. Dor deveria vir com conta gotas. Você vai crescendo, envelhecendo e perdendo, perdendo, uma perda aqui, outra alí, e a última coisa que se tem a perder é sua vida. Acho que descobri o sentido da morte: quando você não tem mais nada à perder, você morre. Quão sádico é viver. É abrir a mão de tantas coisas. Decepcionada? Sim, muito. Principalmente comigo, que não estava preparada para isso tudo.