domingo, 20 de setembro de 2009

E a vida continua.

Continua ruim, horrível. Ando me sentindo péssima, sem ânimo nem vontade pra nada. Chorei a semana passada inteira, os olhos estão inchados, ardidos. O coração está em pedaços, doendo. Não consigo me concentrar em nada, não consigo estudar, nem ler e até a música, que eu amo tanto, perdeu a graça. Estou irritada, sem paciência, chorona. Minha vó disse hoje que eu me tornei uma pessoa amarga, concordo com ela. É exatamente o que eu sinto. Um amargo, uma coisa ruim, uma dor tão grande interna, que chega ser desesperadora. Perdi o tesão pela vida. Ando sobrevivendo os dias, empurrando, sem esperar nada de bom (porque realmente não acontece), vivendo por viver, sem sonhos, sem planos sem desejos. Me odeio, realmente sinto ódio de mim. Ódio por ter nascido, por permitir todo mundo fazer o que quer de mim, por deixar a vida ter tomado esse rumo sem ter lutado pra mudar, pra fazer tudo diferente. Me odeio por não conseguir fazer essa dor passar, por não conseguir dar a volta por cima. Me odeio por ter feito tantos planos, por ter tido tantos sonhos, se não fosse esse castelo todo que criei para minha vida, eu não estaria sofrendo tanto. Me odeio por ter sido tão ingenua, por ter acreditado que a vida era boa, que sonhos poderiam ser reais, que coisas ruins não acontecem com pessoas boas. Acontecem e até em maior volume. Queria muito sumir. Desaparecer. Acordar e ver que todo esse inferno que ando vivendo é só um pesadelo. Só que quando amanhece e eu acordo, continua tudo igual, igual não, continuam acontecendo mais coisas para me deixar pior. Me sinto um lixo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Pa-ra-da

Estou sentindo minha vida tão parada. Tão sem ação, tão ruim, tão desmotivada. Essa não sou eu, essa não é a realidade que eu queria, essa não é nem a sombra da vida que eu sonhei para mim.
Eu me olho no espelho e não me reconheço. Essa não é aquela menina animada e feliz de tempos atrás, cheia de sonhos e planos. Nem planos mais eu tenho, muito menos sonhos. Fico feliz em acordar viva. Falta de desejos, perdi o tesão. Vejo todo mundo levando a vida, planejando e realizando. Criando vida, tendo sonhos, planos, criando e seguindo um futuro. E eu? Estacionada. Estacionada olhando a vida de todo mundo que eu conheço caminhando... Conquistas, realizações, formaturas, casamentos, serviços, filhos, e eu? Nada. E é isso que eu me sinto, um nada. Um pó, uma sombra que um dia teve muitos sonhos, que um dia tinha planos. Que seria feliz e ia conquistar o mundo. Hoje, eu só queria um cantinho, pra me esconder e ficar lá, quietinha.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

E o inferno astral continua...

Estou começando a acreditar que inferno astral realmente acontece na época do aniversário de uma pessoa. Bom, pelo menos eu estou passando por isso. Ao invés das coisas melhorarem, estão piorando. Ontem São Pedro resolveu abrir as torneiras do céu aqui em cima de São Paulo e eu estava no centro, no centro de São Paulo (longe pra caramba da minha casa) e sem carro. Só isso já era ruim demais pra uma pessoa só, só que como tudo pode piorar, minha mãe estava comigo.
Aí ferrou. Na hora de ir embora ela resolveu pegar ônibus no terminal Bandeira que é duas estações do metrô pra frente do escritório dela, só que ela quis ir a pé. Andamos tudo isso, chegamos no terminal de ônibus, só que lá quase não tinham ônibus. Tudo atarsado, filas enormes, chuva e nada do Vila Cruzeiro chegar. Minha mãe teve a grande idéia de ir de metrô (a linha do metrô que passa pelo escritório dela é a mesma que deixa aqui perto de casa Tucuruvi- Jabaquara) só que agora estávamos longe de lá e teria que pegar outro metrô pra fazer baldiação na Sé pra pegar o metrô que vem pra casa. Chegando no Anhangabaú, não tinha como entrar no metrô que levava pra Sé de tanta gente que tinha esperando o metrô, minha mãe teve a grande idéia de pegar o outro metrô para ir duas estações para frente (Santa Cecília) e lá pegar o metrô de volta. Fizemos isso, até deu certo, conseguimos entrar no metrô o problema é que passamos na volta pela estação República e pela Anhangabaú (onde a bagunça começou), aí o inferno começou, liberaram aquele povo todo que estava esperando (do qual fugimos) para entrar naquele metrô. Eles entraram, o problema é que eles entraram e foram empurrando tudo, espremendo, invadindo, pisando, lotou tudo, até sardinhas tinham mais espaço dentro de uma lata. Não tinha como descer, não descia ninguém e graças a Merlin, também não entrava ninguém (nem ar cabia lá dentro. Pra conseguir descer, só 5 estações pra frente (no Tatuapé) é que conseguimos descer, volta, pega o metrô pra ir para a Sé. Na Sé o metrô que vai para o Jabaquara estava vazio (por incrível que pareça), viemos sentada até o Jabaquara onde meu pai estava esperando com o carro. Senhor, eu amo onde eu moro, amo São Paulo. Só que ontem, eu desejei do fundo do meu coração morar numa ilha deserta. Num lugar sem faróis que não são a prova d'água, sem milhões de carros, sem alagamentos, sem barrancos, sem telefones que quando você mais precisa não funcionam (ontem os telefones fixos também pararam de funcionar). É, eu estou passando pelo inferno.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O pior aniversário do mundo.

E eu que achei que pior que o do ano passado esse não ia ser. Só que foi. Tinha alguma coisa me dizendo para eu ficar quietinha num canto, sozinha e bêbada, só que eu não escutei essa vozinha e me ferrei.
Tudo isso começou na sexta-feira, eu estava com a cabeça cheia de planos, queria sair, dançar e ouvir música. Saí, jantei num lugar legal. Sábado a merda continuou, meu tio brigou com meu primo, sairam na porrada, minha tia ligou pra cá, fomos resgatar a família, veio tia, primo e prima aqui pra casa. No domingo, dia do aniversário, meu tio apareceu aqui, meu pai encheu a cara, falou umas merdas para meus tios, minha tia chorou, meu tio queria ir embora, um puta almoço na mesa, ninguém quis almoçar, precisei contornar a situação, mais de uma hora depois do almoço estar na mesa foi que consegui fazer o povo sentar na mesa (com exceção do meu pai que não quis almoçar comigo). Minha mãe resolveu visitar uma prima que está com câncer em estado terminal, fez a mala, levou minha avó e meu pai junto. Eu tive que ficar, quem iria cuidar dos 13 cachorros? A idiota aqui. A casa ficou uma zona pra eu dar jeito. Fazer comida pra renca canina toda, estudar, fazer um monte de coisas pra faculdade. Presentes? Da família ganhei esse carnaval todo. Telefonemas? Duas tias velhas lembraram que eu existo. As amigas me esqueceram. Estou começando a acreditar em inferno astral, não vejo a hora da porcaria desse ano acabar pra ver se melhoram um pouco as coisas. Pra quem teve um começo de ano com tanto sofrimento igual eu tive, querer que o aniversário fosse bom é ser inocente demais.