sábado, 3 de outubro de 2009

Continuação do post "Saudade"

2.001 e 2.002 foram os melhores anos da minha vida. Foram os dois últimos anos da escola, foram os anos em que eu mais dancei e me apresentei em shoppings, teatros, eventos, etc. Fora os amigos da escola (vide foto abaixo (na foto ainda faltam muitos, Júlio, Juninho, Zilla, Maurício, Adolfo, Márcio, Sueli, Vanessona e Priscilla)), tinham duas meninas que estavam sempre comigo, que eu as amava e que me amavam (infelizmente o tempo e alguns problemas no meio do caminho, acabam nos afastando dessas pessoas), também tinham meus amigos do Calibre 12 que sempre estavam por perto, que eram loucos e que me traziam tanta alegria.
Eu morava uma quadra pra cima da escola, então era sagrado, todos os dias após as aulas, o povo ir lá pra casa. A casa era cheia de vida e alegria (o que fez minha mãe perder a paciência algumas vezes e uma empregada cristã do brasil pedir demissão por estar assustada com a "bagunça" do pessoal). Era sagrado irmos pra casa assistir ao Chaves e ao Chapolin. Eu tenho um violão (mesmo não sabendo tocar nada) que era a diversão do povo. Quem não cabia no sofá, sentava no chão, na escada, o Rafa tocava meia dúzia de músicas (quase todas dos Beatles) e ficávamos cantando em volta dele. Quando a barra pesava em casa (normalmente quando minha mãe perdia a paciência) iamos para uma pracinha que tinha na quadra de trás de casa. Sempre estávamos juntos, era a mesma história dos três mosqueteiros " Um por todos e todos por um". Se alguém entrava num problema, aquele problema era de todo mundo. E foi assim que a Dé tomou um porre na escola e eu fui parar na diretoria (só pq eu fui acudir a menina que estava passando mal), o Rafa foi parar na diretoria (pq quebrou uma janela da escola) e todos ficaram lá na porta da diretoria, morrendo de medo dele ser expulso, e uma briga em que todo mundo foi parar na delegacia pq o pessoal pegou pesado com uma guria que mexeu comigo.
2.001 com certeza foi o melhor ano da minha vida. Os amigos eram tudo, eu estava crescendo dentro da carreira que tinha escolhido pra mim, graças ao Calibre 12 tinha muita música e bagunça o que resultava em muita risada. A maioria das melhores lembranças que eu tenho vieram desse ano. Andréia, Rafael e Zilla com certeza foram os melhores amigos que alguém pode ter na vida. A companhia era muito mais do que agradável, a amizade era sincera, tinhamos prazer em estar juntos. Claro que também tinham os outros, que foram muito especiais, só que esses três, foram os melhores. Até de fim de semana, vira e mexe nos encontrávamos. Época boa.
2.002 também foi legal. Legal e triste ao mesmo tempo. Legal porque estávamos juntos, triste porque era o último ano em que nos veríamos todos os dias. Eu ainda dançava, Marília estava quase todo fim de semana e feriado aqui em São Paulo. Apareceu a Carla (uma roqueirinha doida vinda de Mairinque) que ajudou eu e a Andréia a formar o trio de bruxinhas q ficou muito conhecido no Plínio (escola que estudávamos). A Carla tocava violão também, aí juntou ela, o Rafa e o Juninho, com isso, o repertório do pessoal cresceu um pouco. Cabulávamos aulas pra cantar e beber. Tinha um parque, próximo da escola, também íamos lá pra estar em contato com a natureza e beber um pouco. O primeiro trimestre foi só de alegria, foi uma continuação de 2.001, só que aí começaram os problemas, Vanessona e Rose passaram para o noturno. Eu, a Vanessinha, o Zilla, o Adolfo e a Andréia começamos a namorar. Eu caí na besteira de namorar o Beto, que era um amigão, o namoro acabou e a amizade também. A Vanessinha começou a namorar o Rafael (de outra sala) e acabou engravidando dele, o Zilla e o Adolfo acabaram se afastando um pouco por causa das namoradas e a Andréia casou. Em todos os casos, só deu merda e ainda perdemos um tempo precioso em que poderíamos ter ficado juntos. Acabou o ano, juramos não perder o contato. Que continuaria a ser tudo igual. Infelizmente isso não aconteceu. Com alguns ainda tenho contato, só que não chega nem aos pés do que era antigamente. Dói ver o quanto éramos unidos, a quantidade de coisas boas, os momentos prazerosos que tivemos juntos, só existirem agora em meia dúzia de fotos e em lembranças.

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